segunda-feira, 21 de março de 2011

Portfólio: #FORACOLLOR - Rayane Bahiense


A algum tempinho atrás achei essa imagem na internet, e sinceramente, não achei que uma imagem simples fosse me fazer acordar pra algo tão óbvio. É claro que muitos sabem sobre o Impeachment de Collor em 92. Eu não estava lá, só tinha 2 aninhos, mas eu estudei História do Brasil; e inclusive era boa nisso. Um Brasil insatisfeito semeou no coração dos estudantes um sentimento de revolta, que chegou às ruas em peso com suas caras-pintadas em verde e amarelo e o FORA COLLOR escrito e gritado por todas as partes... E deu resultado. Afinal, conseguiram o que queriam. Se foi bom ou ruim, não é algo que nos convém discutir aqui.

Concentremos nesses fatos e vamos trazer isso à nossa realidade agora. Desde que me entendo por gente, sei que isso não acontece mais dessa forma. “Manifestações” que participei na minha vida foram algumas passeatas contra as drogas ou dengue, na escola ainda. E, o que vemos todo ano são alguns estudantes que insistem em fazer suas “manifestações” em relação a vestibulares ou passagens de ônibus...  E não dá em nada, ou quase nada.

Vivemos hoje pelo comodismo. Mas, como assim? Bom, quer comprar alguma coisa, pode ser pela internet. Quer chamar um amigo pra sair, manda um torpedo. Quer contar um segredíssimo para sua colega, fica online no MSN; e por aí vai. Não que eu não faça isso, não sou hipócrita. Mas, prestando mais atenção nisso, pensei: E na hora de evangelizar? É claro, chega e fala de Jesus. É, no Twitter você dá RT em mensagens bíblicas, no MSN põe um versículo ou trecho de uma música gospel no sub, etc. Mas, vai ficar só nisso? Sinceramente, acho que isso pode mesmo edificar. Hoje vivemos numa época que é muito fácil passar uma informação à frente. Tiro uma foto agora, e dois segundos depois uma pessoa do Rio Grande do Sul pode ver. Quer forma melhor de evangelizar mais pessoas num menos espaço de tempo? Mas isso não pode descartar a velha e boa maneira, aquelas que nossos pais usavam.

Por alguns eu imagino que seja vergonha. É muito mais fácil mesmo falar com uma pessoa sem precisar olhar nos olhos. Principalmente se você não sabe qual vai ser a reação dela ao ouvir o que você tem a dizer. Mas, como está escrito em Lucas 9:26 “Pois, se alguém tiver vergonha de mim e do meu ensinamento, então o Filho do Homem também terá vergonha dessa pessoa, quando ele vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos”.  É claro que Paulo, por exemplo, enviava suas cartas. Como ele cita em sua carta aos Colossenses que muitos ali não o conheciam pessoalmente (Cl 2:1). Mas... Muitos não são todos. Mesmo adotando esse método, Paulo não deixava de ir ver com seus próprios olhos. Ainda em Colossenses ele diz que a palavra de Deus precisa ser anunciada de modo completo (Cl 1:25b). Eu mesma me perco em algumas coisas que me falam por MSN. Algumas brincadeiras ou ironias, ou mesmo seriedade é difícil de se perceber quando não se olha a expressão da pessoa. Quer forma melhor de se comunicar e ser entendido quase que imediatamente do que cara-a-cara? Lógico que não. O que precisamos aprender é a diferenciar o oportuno do necessário. Internet é oportuna, mas o contato é necessário. E isso vale pro evangelismo, claro. Ou você acha que quando Jesus voltar ele vai te mandar um SMS?

Temos nos limitado ao que é informatizado. Mas, será que o Impeachment de 92 teria a mesma eficácia e repercussão se fosse simplesmente um #FORACOLLOR"Tem horas que o on-line precisa sair às ruas."

Um texto de: Rayane Bahiense Soares

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